Apocalipticos & Integrados

Coexistem atualmente dois grupos que visualizam de forma diferente a Tecnologia Educacional. Existe quem defina a tecnologia como um elemento de controle e de poder social, e existe quem lhe atribua força de transformar a mente humana e a sociedade em seu conjunto (os “apocalípticos”). 

Entre os segundos, encontramos os “integrados”. Para eles, incorporar tecnologia é por si só uma inovação. Se queremos progredir, se queremos uma educação orientada para o futuro, devemos seguir o ditado da ciência e da técnica. 

Os integrados entendem a tecnologia como neutra, objetiva, positiva em si mesma e científica. Incorporá-la é sinônimo de progresso. De qualquer forma, nos ensinam as resgatar as possibilidades, as virtudes e o vigor da tecnologia. 

Os “apocalípticos” sustentam uma postura crítica sobre os que acreditam na panaceia da tecnologia e denunciam que à medida que as máquinas se tornam cada vez mais sofisticadas, com memórias cada vez mais extensas, o conhecimento exigido para utilizá-las é cada vez menor. Portanto, necessitam-se poucos especialistas e muito operários com baixa qualificação.

LION, C. G. Mitos e realidades na tecnologia educacional. In: LITWIN, Edith (org.). Tecnologia educacional: política, histórias e propostas. Porto Alegre: ArtMed, 1997. p. 23-36. Cap. 3