Tecnofilia & Tecnofobia
Tecnófilos são aqueles que encontram em cada nova contribuição tecnológica, principalmente naquelas situadas no âmbito da informação, a resposta final para os problemas do ensino e da aprendizagem escolar.
(...) A postura tecnófila somente considera “tecnologia” as máquinas e aparelhos e o conhecimento elaborado desde âmbitos que têm pouco a ver com os problemas aos quais a educação escolar deve dar respostas, desconsiderando o conhecimento prático e teórico acumulado por anos de estudo e experiência.
SANCHO, J. A Tecnologia: um modo de transformar o mundo carregado de ambivalência. In: SANCHO, Juana (org.). Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre: ArtMed, 1998. p. 23-49. Cap. 1.
Tecnófobos são aqueles para quem o uso de qualquer tecnologia que eles não tenham usado desde pequenos e tenha passado a fazer parte da sua vida pessoal e profissional representa um perigo para aqueles valores que eles têm.
(...) A postura tecnófoba esquece que, rejeitando a consideração e qualquer variação no trabalho docente, está usando mecanicamente um conhecimento tecnológico que aceita e reproduz sem reflexão, tornando-se uma técnica fossilizada que não leva em consideração as variações do contexto que a está aplicando.
SANCHO, J. A Tecnologia: um modo de transformar o mundo carregado de ambivalência. In: SANCHO, Juana (org.). Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre: ArtMed, 1998. p. 23-49. Cap. 1.
Os sentimentos de simpatia à tecnologia – tecnofilia – ou de rejeição a ela – tecnofobia – têm despertado grandes polêmicas em todos os períodos históricos. Tanto a tecnofilia quanto a tecnofobia são atitudes radicais, fundamentadas em uma noção ingênua do desenvolvimento tecnológico, a de que esse desenvolvimento independe da ação humana com a própria tecnologia sobre o meio em que vivemos. A humanidade cria e utiliza a tecnologia para ampliar seus limites, facilitar sua vida e, ao mesmo tempo, a tecnologia criada transforma a humanidade, pois lhe exige novas habilidades e atitudes para trabalhar com ela em seu cotidiano.
SARDELICH, M. E. TIC, TAC E TEP: tecnologias para empoderar e aprender. UNISANTA Humanitas, São Paulo, v.1, n. 1, p. 22-31, 2012.